Você já testemunhou ou já soube de um caso assim:
uma criança pequena dando cocô de presente?
uma criança pequena dando cocô de presente?
Freud
explica.
Sabe o inconsciente?
É aquela parte de nós que a gente não enxerga e jura que não tem nada a ver.
É aquela parte de nós que a gente não enxerga e jura que não tem nada a ver.
É também aquela região obscura onde nossos pensamentos, fantasias e predisposições começam a tomar forma.
De acordo com a Psicanálise,
há no inconsciente uma equivalência simbólica
entre o dinheiro, o pinto, presentes, as fezes e o bebê.
Para quem nunca ouviu falar disso, parece loucura, eu sei.
E é mesmo.
Isso porque
o que chamamos de loucura são situações em que o inconsciente
transborda do porão e se espalha por todos os lados.
transborda do porão e se espalha por todos os lados.
É o inconsciente a céu aberto.
Aí, o louco
faz e fala coisas estranhas e desconexas, aos nossos olhos,
que incomodam e mexem com a gente.
que incomodam e mexem com a gente.
A verdade
inconveniente é que todos temos um louco/a dentro de nós.
Agora, o
fato de ser loucura não significa que não seja real — muito real, aliás — e que a
dimensão simbólica não tenha um papel fundamental em moldar a experiência de
realidade de cada um.
Nossa mente
profunda opera a partir de uma lógica própria. E é por meio dessa lógica — e não
da racionalidade — que
os sentidos que damos às coisas vão se desenhando.
As fezes adquirem valências opostas
dependendo da perspectiva.
Conforme
a gente vai crescendo,
a gente pode se relacionar com o cocô basicamente de duas maneiras:
a gente pode se relacionar com o cocô basicamente de duas maneiras:
1. Como algo sujo e destrutivo.
A gente assume que as fezes são algo sujo (e, portanto, também o dinheiro, mais tarde) quando temos por volta de 2 anos de idade. A gente passa por uma etapa que Freud chamou de Fase Anal Expulsiva.
Antes que a criança aprenda a controlar a hora e o lugar de fazer cocô, aquilo dentro dela fica associado a algo tóxico, que precisa ser expelido.
A gente assume que as fezes são algo sujo (e, portanto, também o dinheiro, mais tarde) quando temos por volta de 2 anos de idade. A gente passa por uma etapa que Freud chamou de Fase Anal Expulsiva.
Antes que a criança aprenda a controlar a hora e o lugar de fazer cocô, aquilo dentro dela fica associado a algo tóxico, que precisa ser expelido.
2. Como algo precioso, uma criação pessoal, uma
obra de arte.*
No estágio seguinte, a criança já consegue controlar melhor seus músculos, aprende a usar o penico e vai abandonando as fraldas. Então, a situação se inverte.
No estágio seguinte, a criança já consegue controlar melhor seus músculos, aprende a usar o penico e vai abandonando as fraldas. Então, a situação se inverte.
Você agora tem cerca
de 3 anos de idade. Está vivendo o período do desenvolvimento que ficou conhecido
como Fase Anal Retentiva. O
cocô passa a ser sentido como algo valioso. Algo que você deve reter dentro de
si.
É bem comum, ao longo
dessa fase, que a criança mostre seu cocô aos outros, com orgulho. Também
ocorre usá-lo como tinta para pintar as paredes.
Ou dá-lo de presente.
Retirado do site: medium.com
Retirado do site: medium.com
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