por Renan Ryuji. 30 anos, gay, RJ.
Quando
converso com os scaters, em alguns deles eu vejo uma coincidência familiar: não
curtem sua própria merda. Familar, pois eu mesmo também tive esse pensamento.
Comecei com scat fazendo com minha própria merda, dai do momento que comecei a
fazer com outros caras deixei de curtir a minha própria. Cheguei a um tempo que
até sentia um certo nojo dela. Não sei explicar como e nem porque aconteceu,
somente o fato que aconteceu. Daí que por muito tempo sempre que ia foder com
algum scater, e ele me pedia pra comer minha própria merda, nunca fazia, no
máximo fornecia para ele poder curtir também mas eu mesmo não interagia com
minha própria merda. Isso durou bastante tempo.
E aí, cheguei num período que
não conseguia marcar com nenhum outro scater, ou então não se conseguia tempo e
nem local. Começou a bater a abstinência daquela merdinha quentinha. E aí um
dia sozinho em casa a noite, depois de vários pornôs e várias punhetinhas,
resolvi dar o braço a torcer outra vez, e lá eu estava cagando e tentando comer
minha bosta. E não é que a desgraçada era boa mesmo? Tão boa quanto as dos
outros caras. Não sei se foi o tesão do momento, mas a merda estava muito boa
sim, pra caralho! Então aconteceu enfim a reconciliação entre eu e minha merda.
Passei a brincar mais com ela aqui em casa, fazer receitas, me lambuzar, comer
e etc. A vida scater ficou mais fácil depois disso, ainda que é claro que curta
pra caralho fazer junto de outro cara também.
Eu
acredito que todo scater poderia tentar fazer esse caminho da reconciliação com
sua própria merda e poder viver mais o prazer peculiar que o scat pode
proporcionar. Depender só da merda de outra pessoa causa uma certa frustração
quando não a conseguimos, e poder se proporcionar esse momento é um prazer
único, e até mesmo podemos usar esse momento solo para se testar e superar nosso
limites do que conseguimos fazer com merda, já que isso é muito mais difícil
com a merda de uma outra pessoa. Então indico mesmo aqueles não curtem fazer
auto scat, pelo menos tentar achar esse prazer.
Certeza que se conseguir, como eu achei, não vão
se arrepender. Abraço Scaters, até a próxima.
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