O meu nome é Pedro
Sammarco, sou psicólogo clínico e social.
Tenho especialização em sexualidade
pela USP, além disso, fiz mestrado sobre velhice das travestis e doutorado
sobre homofobia internalizada (nome técnico para preconceito do homossexual contra
si mesmo), ambos na PUC - SP.
Fui colunista da G magazine e certa vez, recebi a
seguinte pergunta de um leitor:
"Eu e meu namorado somos
adeptos assíduos da escatofilia e urofilia, temos muito prazer com isso.
Gostaríamos de saber quais são as conseqüências dessas práticas sexuais,
obrigado".
Ao longo da história o sexo
considerado saudável pela religião e ciências médicas
foi a penetração
pênis-vagina, com o objetivo exclusivo de procriação.
Todas as outras formas
eram consideradas “inadequadas”.
Com a revolução sexual, pílula
anti-concepcional e emancipação da mulher, o sexo deixou de ser associado diretamente
à reprodução. O sexo anal e oral, por exemplo, deixaram de ser considerados
“patológicos”. Porém, a prática sexual que envolve fezes e urina, ainda é
considerada uma doença, pois implica contaminação e possível desenvolvimento de
doença por causa dos micro-organismos presentes nos excrementos. O objetivo da
ciência médica é promover a saúde e a vida.
Há várias explicações para
compreender como essa prática proporciona prazer em detrimento ao desprazer.
Alguns teóricos defendem que por diversos motivos complexos, o indivíduo
associou diretamente sujeira e sexo. Outros explicam que o ponto central do
prazer está em justamente em quebrar ao máximo os limites daquilo que é
considerado normal.
Cada caso é um caso e
deverá ser analisado em sua particularidade. O que mais choca as pessoas é que
tais práticas afrontam os costumes, normas, conceitos, valores e tradições.
Além disso, este item esbarra em questões de biopolíticas que irão estabelecer a ponte entre o
Além disso, este item esbarra em questões de biopolíticas que irão estabelecer a ponte entre o
cotidiano das pessoas e o saber científico por meio dos chamados especialistas do corpo
(médicos, psiquiatras, psicólogos, fisioterapeutas, educadores físicos, nutricionistas, etc.).
É uma política que propõe o
exorcismo da morte, a promoção da saúde e o máximo de qualidade vida possível.
Quanto mais tempo as pessoas viverem com qualidade, mais tempo estarão
consumindo e gerando lucros.
Portanto, aquilo que envolver qualquer risco de
morte será considerado resistência a esta política. No caso, podemos citar a
prática sexual que é considerada de risco, como exemplo evidente. Estas geram
gastos indesejáveis para as instituições que cuidam da saúde dos afetados. Por
isso, tanto interesse em estudá-la.
Polêmicas à parte, para maior interesse, indico os seguintes livros:
• Prazeres Dissidentes, organizado por Maria Elvia Dias-Benitez e Carlos Eduardo Figari, publicado em 2009 pela editora Garamond.
• Das Maravilhas e Prodígios Sexuais, de Jorge Leite Júnior, publicado em 2006 pela editora Annablume.
• Homofobia internalizada: o preconceito do homossexual contra si mesmo, publicado pela editora Annablume em 2017.
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